Battlefield IV


Era uma vez uma série de jogos de tiro muito famosa pelo seu modo multiplayer, totalmente aditivo. Esta série também ficou famosa pelos seus gráficos exuberantes e pela forma com que reunia jogadores de todo o globo em suas partidas online. Esta série é Battlefield, que começou sua carreira em 2002, com Battlefield 1942, para PC, Windows e Mac OS. Hoje, quase 10 anos depois, recebemos sua terceira versão oficial, que promete, mas será que cumpre?

Conclusão
Battlefield 3 faz o melhor no que pode em suas áreas mais fortes. O multiplayer continua imperdível, como e de costume na série da Electronic Arts. Há um modo cooperativo que adiciona ainda mais replay ao game, mas peca por ser muito difícil e nada amigável a novatos. Os gráficos são de babar, como era de esperar pelos vídeos e imagens de divulgação. Há um modo de história, mas que não agrega muito ao game, principalmente por sua curta duração e falta de inspiração na narrativa. Felizmente, toda a experiência online compensa os probleminhas.

Confira uma análise do Santa Games sobre o novo FPS da Electronic Arts:



História para que?

Podemos dizer que Battlefield 3 talvez seja o mais inovador da série. Não por trazer alguma grande novidade em sua jogabilidade, mas sim por apresentar um modo de história, algo que não é muito comum na franquia. Contudo, não espere que a história seja lá de muito destaque ou até memorável, ela passa bem longe disso, principalmente para jogadores acostumados com a série Call of Duty – onde a história é um dos pontos fortes.

O modo para um jogador de Battlefield 3 se passa em um futuro próximo, em 2014. No mesmo ano em que a Copa do Mundo de Futebol se desenrola no Brasil a história do game desenrola mais uma guerra moderna, bem ali na região do Irã. O inimigo, porém, não são talibãs ou algum grupo famoso de terroristas, e sim uma milícia local que luta pela libertação do povo.

Novo comercial de Battlefield 3 utiliza filmagens com atores reais (Foto: Divulgação)
Como em todo jogo moderno de guerra e tiro em primeira pessoa, o game coloca o jogador em diversos papéis diferentes ao longo da aventura. Não há como se prender a um personagem só, até porque alguns deles acabam morrendo, como em qualquer casualidade de guerra. Porém, podemos considerar o sargento Henry Blackburn como a figura central, já que é nele que passamos mais tempo, incluindo aí a introdução do game, toda em flashback.

Mas entenda, quando falamos sobre o “ponto forte” de Call of Duty em termos de história, queremos dizer no sentido cinematográfico de ser, como só Call of Duty consegue desde seu primeiro título. Battlefield 3 até apresenta algumas cenas memoráveis, de babar (principalmente pelos gráficos, que falaremos mais tarde), mas nada que tenha tanto destaque quanto as sequências dignas de cinema de Call of Duty: Modern Warfare 3, por exemplo. Mas a vida segue, já que este não é ponto principal deste novo jogo.


Treinamento para o modo online

Podemos dizer que o modo de campanha de Battlefield 3, que aliás é bem curtinho, serve como um treinamento para o modo online do game – este sim a cereja do bolo, o último biscoito do pacote, o refrigerante de máquina de cinema que você tanto adora. Neste ponto podemos dizer que nenhum jogador da série vai se sentir abandonado. O multiplayer do game é tão rico quanto nos títulos anteriores. Na verdade ele está ainda mais divertido.

De proporções épicas, os embates se desenrolam entre até 64 jogadores no PC e até 24 nas versões para consoles. Jogadores de PC saem ganhando nesta, já que os mapas são bem maiores, adaptados para esta quantidade de participantes. E acredite quando afirmamos: os mapas de Battlefield 3 possuem vida própria, personalidade e são altamente táticos, com diversos pontos estratégicos que podem ajudar a definir a vitória de um time ou de uma pessoa sobre seu oponente.


Gameplay Multiplayer HD


Quem conhece a série vai se sentir em casa, com modalidades que já são conhecidas dos velhos fãs. São eles o modo Conquest (onde é preciso capturar pontos do mapa), Rush(disputa entre territórios estratégicos), Squad Rush (parecido com o Rush, mas com suporte a esquadrões e em mapas menores), Squad Deathmatch (o famoso confronto entre times, com suporte para até quatro grupos) e o Team Deathmatch (dois grupos distintos se enfrentam nos enormes mapas). Esta última modalidade marca seu retorno em Battlefield 3, para a alegria da galera.

Battlefield 3 (Foto: Divulgação)

Obviamente, há o clássico sistema de classes, uma designada para cada tipo de jogador, de livre escola. São quatro classes no total – Assault, Support, Engineer e Recon, cada uma com seus próprios armamentos e acessórios de bônus, que podem auxiliar outros amigos durante as partidas. O Engineer, por exemplo, pode consertar tanques ou sabotar um tanque inimigo, enquanto o Recon utiliza um rifle de precisão para acertar alvos que estão há bons metros de distância. Nada de muito diferente nas classes pode ser conferido, o que é bom, já que elas funcionam bem, como precisam funcionar.

Entrar em uma partida multiplayer em Battlefield 3 é mamão com açúcar. A acessibilidade é muito boa tanto para jogadores veteranos, que gostam de filtrar opções de partidas por mapas e participantes, quanto para novatos, que gostam de entrar na primeira sala disponível que encontram pela frente. Basta selecionar sua opção desejada e pronto, segundos depois você já está trocando tiros em rede. Tudo é muito intuitivo.

Fica a crítica apenas para o sistema entre-partidas. Não é possível abandonar um jogo após o término de um embate. É preciso esperar começar uma próxima partida para sair do jogo e voltar ao menu principal. Gasta-se um tempo precioso, já que há telas de carregamento entre este vai e vem.

Battlefield 3 (Foto: Divulgação)

Dedo no gatilho e no joystick

A jogabilidade geral de Battlefield 3 inova pouco. Na verdade ela é bem clássica em relação à série e bem tradicional em termos de jogos de tiro em primeira pessoa. Se pudermos citar alguma inovação talvez ela esteja apenas ligada a alguns momentos  do modo para um jogador, onde é preciso utilizar os chamados “quick time events”, que pedem para que o jogador pressione determinado botão na hora certa. De resto, ainda há variações na jogabilidade, com o controle de veículos – tanques, aviões, etc.

Outra boa adição a esta nova versão de Battlefield é o modo multiplayer cooperativo. Neste modo, uma dupla de jogadores precisa sobreviver a ondas de inimigos em mapas que se misturam aos cenários da campanha. É divertido jogar online ou localmente, já que é possível elaborar melhor as estratégias, jogando apenas com uma segunda pessoa e não em grandes grupos.

O cooperativo, porém, talvez seja um pouco menos acessível que o restante do jogo, já que a dificuldade é altamente crescente. Por isso mesmo ele é mais recomendado para jogadores um pouco mais experientes, excluindo a parcela novata, que pode acabar não achando tanta graça, justamente pela dificuldade.

Battlefield 3 (Foto: Divulgação)

Sobre o Autor

Sou proprietário da Cyber Games, formado em administração de Empresas pelo Uniceub em Brasília e MBA em planejamento e gestão empresarial pela Universidade Católica de Brasília. Sejam bem vindos e participem.

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